sábado, 23 de maio de 2015

BAGULHO DOIDO


Enrola o bagulho
na borracha preta,
gasolina, erva
pneu sobre pneu.
Um puxa o fumo
e a pele do outro
estoura; nervo aflora,
ignora o barato, caro.
A gordura fervilha
numa poça, o cheiro
vai longe: folha doce,
banha viva chiando,
fumaças se misturando.

Um queima vivo, treme
outro se arregala, geme.


Poetrix de Igor Buys

14 de dezembro de 2010

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