Troquei meu carro por um tapete voador, vesti meu casaco velho sem valor, quebrei meu único saca-rolha, passei horas com um plastico-bolha, esqueci de mandar aquele bilhete, varreram o lixo para cima do tapete, defecaram na estatua da praça, desgraça pouca não tem graça, comeram o pão que o diabo amassou, ha gente que não vai mas eu sei aonde vou, entupiram o saxofone, aumentaram o preço do Danone, sequestraram o papel higiênico, Putin não e fotogênico, puseram alcool no tanque de gasolina, adoçaram o café com cocaína, passaram manteiga no meu sapato, achataram o pé do pato, estragaram minha pizza com abacaxi, proibiram o bebê de fazer xixi, usaram limão amarelo na caipirinha, chamaram frango de galinha, acreditaram na Rede Globo, ovelha foi namorar lobo, paraquedista pulou de mochila, Francisco agora se chama Camila, fieis flertaram no sermão, evangélico e tudo irmão, dizer bom dia e ofensa, o povo pensa que pensa, ovo batido virou omelete, pisei firme num chiclete, abracei um gamba, nao sei se houve ou se ha, medi a fundura do poco, cobrei pedágio no fosso, catei conchinhas na praia, corri atras dum rabo de saia, escutei o violeiro só tocar por dinheiro, fui pra Franca e ignorei Paris, fechei a torneira do chafariz, dei um pontapé no traseiro do politico, fiz caminhar o paralitico, dei um cascudo num jacare, matei um bicho-de-pe, deixei Dylan sem harmônica, tomei gin sem água tônica, pus o relógio no pulso direito, conjuguei o pretérito mais-que-perfeito, dei um no no rabo do diabo, rebaixei o general para cabo, atirei o colete salva-vidas, esfolei vivo o Rei Midas, voei sobre a Amazônia, casei-me com a insonia, soltei as tiras da Havaiana, descobri o que tinha a bahiana, tomei um gole de cachaça sozinho no banco da praça.
Luigi Contini
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