domingo, 27 de abril de 2008

O Lago e o Lagarto que Observa

Escorre tempo escasso,
eco falso
floreando sentidos,
ouvindo latidos
de amigos fiéis,
já esquecidos,
perdidos em
compromisso
das coisas insensatas,
alardeadas & disputadas, &
numa hora destas,
em que o tempo reflete,
o brilho de uma lanchonete,
no meio de um deserto rodoviário,
como aqueles que se vêem
num filme yankee sexagenário,
a bordo da Nau do Si Próprio,
retorcido,
como vidro exposto ao ácido corrosivo,
da não aceitação,
da forclusão
de todo sorriso,
feito para agradar
o ingrato narciso
saciado,
da água do
Lago.

Ricardo Pozzo

Um comentário:

Anônimo disse...

ahmmm, beber de si, sem se afogar. Se Narciso conseguisse essa proeza.
Lagartear, bebendo sol, melhor ainda.
Bom, cê menino.