golfadas de fantasia despindo a lucidez...
escolas-de-samba percorrendo as minhas veias,
a chuva de prazer...
e a certeza de um céu constelado de bucetas.
mulatas rebolando úmidas em minhas línguas,
seios em sensual desespero escorrendo
em meu peito como morros e favelas.
piratas saqueando o ouro de minhas palavras
e as enterrando sem mapas
em algum canto de tantos carnavais.
sons e visões da negritude...
um pierrot decreta cambaleante
a eterna Quarta-feira de Cinzas...
e um ser...
um ser fantasiado de cachorro,
lambe a minha cara:
não foi cultura e nem raça,
foi coca-cola com cachaça.
Jorge Barbosa Filho
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