quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Espiral de Fumaça

Traços,
traçados sem nexo
(reflexos de meus espaços),
na intensidade de fumaça
que esvoeja no tempo
inexato de minha percepção.

Incito,
em brado mudo
(de onde nascem os sonhos,
florescem as fantasias!),
desaquietando espectros
passageiros de momentos
irreversíveis.

Por rebeldia,
em esboços abusados
extrapasso a inércia dos sentidos.
Esculpindo-me ao lume
de mim mesma.
Finalmente,
repouso na Poesia.

Andrea Motta

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