terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Atletiba

Amava a rapariga.
Amor pra toda vida.
Podia ceder até aos incômodos pedidos de casamento...mas almoço de domingo na casa da sogra...
vá lá ... fora de cogitação.
Comando ou nome do arquivo inválido.
- Mas a gente se ama querido. Olha aqui a aliança não sai do meu dedo nem prá toma banho. Até tatuei tuas iniciais no gordinho da coxa...
- Eu te amo, amorzinho ,com todas os as redundâncias típicas dos apaixonados.
Não me entendas mal...mas almoço de domingo é sagrado : mamãe futebol clube!
É pior que jogo no caldeirão.
Amor desfeito sem direito a prorrogação ou disputa de pênaltis.
Caldeirão fora do fogo.
Falta de sensibilidade.
Isso que dá namorar coxa-branca.
Arisco, conto de Adriano Esturilho
(Quixote, julho 2005, literatura p. 17)

Um comentário:

MARIO BASSANI MARTINS disse...

Eae Chancho, foi de bicicleta este conto ... Para-bens!!!
Mario Auvim