Perdas
Pedras pretas
presas
caixas-pretas
sob o carvão de corpos
prêsas do destino
do desalinhavado destino
pedras em desatino
esmagando pulmões
libertando pulmões
libertando vozes de agonia
em meio ao humo
a humedecer de prata liquida
olhares incendiados de fogo invisível
olhares sem prumo de celerados animais
horda huna sem rumo
invadidos pela lua uivam várias adagas de agonia
animais vagando no pranto anônimo da noite
novos pratos fartos
de vis visceras
na saborosa ceia das feras
fitando o horizonte com olhos famintos
viver sob o manto da morte
Wilson Roberto Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário