A companhia custara apenas o preço de um cafezinho. Passavam horas que se diluíam no silêncio dos olhares. Um procurava encontrar no olhar do outro o próprio olhar. E juntos dançavam.
Hora de pagar a conta. As luzes se acenderam e só viram o mármore e as moedas caindo no chão. A dança acabou. Mais uma vez ela pagou a conta. E nunca mais voltou.
Agora ele gira moedas na mesa da cafeteria e só tem a sombra da lembrança a orar por ele.
Wilson Roberto Nogueira
2 comentários:
ótimo texto!
rp
essa solidão de si próprio, é doída.
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