terça-feira, 28 de junho de 2011

Da escrivaninha empoeirada

A minha musa, estalando de calor veio sob a forma de uma barata tonta gingando, exalava insolência.

Eu a assassinei com gás? Não sei se a matei. Os móveis estalam e lembro-me dela. Duas páginas em branco.


Preciso de dinheiro.



Wilson Roberto Nogueira

2 comentários:

Anônimo disse...

este poema é do caralho.
curto, simples, "banal", antipoético.
e, no entanto, pode-se ver claramente o patético do poeta à escrivaninha e seu impasse.

r.m.

Andréia Carvalho Gavita disse...

.clarice e kafka assasinaram também esta musa. E concordo com r.m.