Onde Curitiba esconde
o marfim de seus
mortos?
Nas intransigentes ruas
sem saída?
No copos sem alma
de sua nobre boemia?
Na maquiagem que livrará
sua cara
desumanizada?
Ou no sorriso banguela
da sua
Boca inchada?
Pervertida e dissimulada
a polaquinha rebola na XV,
uma piscadela para o estrangeiro
capital.
O porta malas infernal
indica o lugar
do POVO.
Piás vestidos de papel e alumínio,
sem esmola e sem futuro,
cruzam com madames poodle que
cintilam no escuro.
Tímida Babilônia que tenta
livrar-se do tédio;
plano piloto por sobre
cemitério
É no km 65 da Serra do Mar
que ainda sangra
a autonomia da curitibranda,
nossa inexpressividade
nacional
O banzo da província
cedeu ao underground
xintoísta? Ou está
injetado nas estações
tubo?
Curitiba digere
àquele que nela se perde
O elefante de pelúcia
moribundo, caminha
vinte e quatro quadros
por segundo.
Ricardo Pozzo
o marfim de seus
mortos?
Nas intransigentes ruas
sem saída?
No copos sem alma
de sua nobre boemia?
Na maquiagem que livrará
sua cara
desumanizada?
Ou no sorriso banguela
da sua
Boca inchada?
Pervertida e dissimulada
a polaquinha rebola na XV,
uma piscadela para o estrangeiro
capital.
O porta malas infernal
indica o lugar
do POVO.
Piás vestidos de papel e alumínio,
sem esmola e sem futuro,
cruzam com madames poodle que
cintilam no escuro.
Tímida Babilônia que tenta
livrar-se do tédio;
plano piloto por sobre
cemitério
É no km 65 da Serra do Mar
que ainda sangra
a autonomia da curitibranda,
nossa inexpressividade
nacional
O banzo da província
cedeu ao underground
xintoísta? Ou está
injetado nas estações
tubo?
Curitiba digere
àquele que nela se perde
O elefante de pelúcia
moribundo, caminha
vinte e quatro quadros
por segundo.
Ricardo Pozzo
10 comentários:
lero de banzo sem remédio; areia, concreto e asfalto se confundem a gosto, a gosto de meia meia dúzia de poucos. que o tédio siga desdenhando os brinquedos de ler. eles vãop mais alto que os tubos, os copos e os não-elefantes.
brindo na teia da alma, misifio! belo risco de tédio: ultrapassou o corpo dele. rs
O tédio, onde não existe?Faz parte da brincadeira de(do) ser humano (corpos e copos vazios), em alguma esquina por aí a gente um dia se livra dele (do tédio), o mundo tenta...
A ultrapassagem. É isso, pegou na veia Bentin!
Cemitério de Elefantes, A Polaquinha são livros de Dalton Trevisan
O Ventre do Minotauro é um texto de Dalton
POVO – Policiamento Ostensivo Volante
Ildefonso Pereira Correia, barão do Cerro Azul e outras cinco pessoas proeminentes da cidade de Curitiba foram executadas sumariamente por ordem do general Éverton de Quadros sem qualquer processo legal ou acusação formal, no Km 65 da Serra do Mar, em 1894
eita! ficou muito bom!
ASSIM É FACÍL SE APAIXONAR POR SUA ESSÊNCIA OBJERVADORA,CRIATIVA,INTELIGENTE, PECÚLIAR...GENIAL.
PARABÊNS
Ric Ric, essa foi de doer no fundo da alma entediada. Bj Bj
Caiu como uma luva!
Mandou, Pozzo!
Enquanto pisca ao capital, cede o mais do corpo ao inferno privado!
Ótimo poema!
Abraços,
Gustavot
Somente com as plantas do poder...
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