quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PRISÃO




Quero dormir
amar
dizer coisas do mar
do ar

Mas estou sozinho em meu quarto
em meu sonhos
prisão domiciliar

Queria rever estrelas
cadentes ou frias
ter alguém para falar
que me dói
corrói
destrói
talvez alguém para amar

Mas estou sozinho em meu quarto
vendo a noite passar
o sono se esvai em lágrimas
estou só
e é assim que será

Retalho de esperança
me agarro a fragrância da infância
só pra ter com o que lembrar

Eremita urbano
sou solitário ser insano
cercado de meus fantasmas

estranho ser humano
na noite calada a pensar
como Carolina ( da janela )
que não viu o tempo passar

               
Bruno Junger Mafra

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