domingo, 6 de setembro de 2015

Soa a sirene
O muro clama a chama da palavra
Antes o silêncio
Um cartaz sorridente mascara a fome da palavra
Agora só
Dorme o sem teto acorrentado na sombra
a imensidão
bradando a bandeira de sonho
A revolução.
Acordou em chamas.
Cinzas da luta de classe.

Wilson Roberto Nogueira .
As ruidosas rugas do muro no
 silêncio de um céu árido
clama por justiça;
por Pão e paz ,
por  terra e trabalho
na testemunha do sangue anônimo
assinado  em sua pele.


Wilson roberto Nogueira 
Sob o lençol de jornais embriagados sonhos repousam na cama de papelão.
Entre assassinatos, estupros e corrupção dorme o súdito da escravidão
Correntes pesadas como o ar que não consegue tragar
quando corre trôpego em seus sonhos de liberdade
ao morrer   a cada céu sem estrelas como essa noite
noite  que só não corta com lâminas de gelo porque os papeis
das lágrimas das almas dos anjos sem paradeiros
Tornaram-se um cobertor pesado
a amarelada e  suja mercadoria .


Wilson Roberto Nogueira