Não sabemos ao certo se, à frente dos brâmanes ou sob tendas
no deserto, aqueles que criaram o jogo de xadrez conheciam todas as possíveis
analogias contidas no jogo em relação à existência humana.
Dispostas as peças no tabuleiro das probabilidades, nas
quais o Real se transmuta em realidades, o xadrez torna-se um semiótico game de intrínseca estrutura.
No jogo, cada peça é limitada por seu próprio movimento,
previamente determinado pela regra e, simultaneamente, pelo movimento de cada
uma das outras peças. Assim igual, cada lance, limitado pelos lances
anteriores.
O cavalo, por exemplo, em seu suntuoso movimento em L, se
desenvolve no tabuleiro, conforme a habilidade do enxadrista em compreender e
extrair, no limite da regra, qual variante o conduzirá com eficácia ao
objetivo.
Quanto mais nos aproximarmos da consciência do Enxadrista Superior,
ou o Megajogador, que em Yorubá
chamaríamos de Orí, mais clareza possuiríamos do sincrônico e constante movimento
realizado pela espécie humana.
Ricardo Pozzo
Um comentário:
Seria eu uma torre?
observar do alto ( mas não tão alto)
tantos peões?
Preferiria ser a rainha
que pode andar ou correr para todos os lados!
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