domingo, 8 de dezembro de 2013

Sodoma

Assim explicou-me o anjo sattivo que pousou à cabeça de meu amigo:

"Igual ao petroleiro que preso está, ao cais, pela espia de amarra mas cuja tripulação em delírio esquece de baixar âncora, a partir do momento em que a espécie elegeu o ambiente controlado em oposição ao selvagem, hipervalorizou o simbólico enquanto no Real o Duplo Sapiens sirva, desde então, somente à manutenção inerente ao controle, mesmo que as regras que estabeleçam o controle estejam fundamentadas no simbólico e não no Real. Com isso, quando o poder quer se explicar, usa a lógica do simbólico, que carece de lastro. Quando quer controlar usa a lógica do Real.
Ou seja, fomos organizados para sustentar o surto da espécie, desterrados do Real, iludidos pelo simbólico que varia, conforme a ideologia dominante."


Ricardo Pozzo

3 comentários:

Anderson Carlos Maciel disse...

Sobretudo a individuação e sublimação do ser em sua ontologia áurea estipula saídas para a salada de informação de má-qualidade. A adivinhação exotérica do amanhã da civilização foi apoditicamente abolida pelos cientistas americanos em muitas de suas obras literárias.

Bom dia, colegas, sucesso ao blog.

Anderson Carlos Maciel

Alessio Di Pascucci disse...

Também conforme a dormência e demência dos "dominados"
Bacana, Pozzo.

Anderson Carlos Maciel disse...

Esperança de ser contemplado com as honras da oratória do sentido da existência encontrado em "outros apertos de mão". A interpretação da semiótica do caráter, se é dura, se é maleável [ou mais apropriadamente: sensível], encontraremos em muitos dos nossos trabalhos exaustivamente escritos e exaustivamente lidos a notar-se a abstração de seu sentido meramente simbólico, taciturnamente livre, ou mergulho profundo na angústia da inexistência, face ausência sempre religiosamente hipócrita de critérios lógicos de análise científica do real.