ou poema a ser esquecido pela crítica literária brasileira;
ou o porque da perseguição de minha pessoa em âmbito da Biblioteca Pública do Paraná, onde me criei leitor.
p/ todos aqueles que ousam duvidar da veracidade dos fatos,
p/ meus amigos poetas que não se calam.
“Curitiba, sua puta,
Toda aberta para o que vem de fora
quem irá denfendê-la agora?”
Canto Equânime, Adriano Smannioto
vamos papel em branco
contra uma cidade obscura
e cheia de perversidades vitalícias
de putas na esquina
e traficantes de drogas e muambas
vindas do paraguay, da bolívia e da china
cidade filhadaputa
que beija e lambe os pés de são paulo.
fadada a ser, eterna pequena província,
de Dalton e dos arquétipos
da repetição de sempre
que faz o mestre
vamos bater palminhas
mais uma vez em praça pública
para o que vem de fora
e esquecer a arqueologia
de tua poesia
tão desimportante para os teus
e para o resto
vamos nos fingir de burros
bem criados e encilhados,
e não olhar para os lados
esquecer os painéis de Poty despredados
pelos sem memória
que pensam que há algo novo
em pleno século XXI
se não a repetição cíclica
do caos que cria
e ninguém acredita
vamos ler o rascunho
que nunca foi passado a limpo,
mas que carrega os “grandes e bons”
da merda da indústria
do já podre mercado editorial brasileiro,
e não podemos esquecer
das páginas de necrofilia da arte
vamos acreditar no sr. Pereira
que propôs em seu primeiro ato
acabar com o arquivo geral
duvidando da pane,
com a fé cega na virtualidade do sistema,
que pode ir a merda
a qualquer hora
vamos premiar José Roberto Torero
na categoria de Contos
do Prêmio Paraná de Literatura 2012
o mesmo que ministrou oficina de crônicas
na Biblioteca Pública do Paraná em 2012
pobre contista copista da bíblia,
que nunca leu Bhagavad-Gita,
nem o livro Tao
quem dirá Confúcio
cidade pobre porca
que busca merda de fora
pois não digere o próprio alimento
regurgita a tua poesia
de aqui e agora
para bater palminhas mais uma vez
para o que vem de fora
e estender o tapete vermelho
para qualquer asno que venha
de mais de 400 km
para engendrar suas bostas
nas páginas do cândido
tão sujo e podre
que fede a estrume de longe
vergonha de jornal, que não serve
nem para limpar o anús
com sua grossa gramatura
em papel branco
para gastar mais dinheiro dos cofres públicos
vamos dar um diploma de trouxa
ao Pereirinha, pequeno grande mafioso
da nossa amada cidade
chamada Curitiba
que se reduz, ao seu cheiro de cu
como a cara das pessoas que te habitam
e saem as ruas pensando
com um jornal rascunho e cândido
embaixo do sovaco soado
que o mundo é bom em plena segunda-feira
e que vivem na melhor cidade do país
o destino de Curitiba,
é digerir seu próprio alimento
ou morrer intoxicada
Rafael Walter