A LUA É A MESMA
DE ANTIGAMENTE.
É O MESMO, O PRÓPRIO SOL.
E AINDA É O MESMO
O MENINO QUE ATIRAVA PEDRAS
NA LAGOA
SURPREENDENDO
ESTRELAS
AS ONDAS DO MAR
AINDA RECEBEM
A VISITA
DOS RIOS
E A MENINA AINDA PERSEGUE
PARA SER PERSEGUIDA
COMO LENDÁRIA
NAIA
ENCANTADA POR JACI
O TEMPO,
NÓS SABEMOS,
É MESTRE INQUIETO,
QUE SEMPRE
INVENTA
SEUS PRÓPRIOS CURSOS
VIRANDO O JÁ VIVIDO
PELO AVESSO
NAS JANELAS DO VERSO.
PIRILAMPOS E BEM-TE-VIS
DIVERTEM-SE
COM NOSSA PERPLEXIDADE
DO LONGE QUE FICOU
PERTO
E DA VIRTUDE VIRTUAL
EMBALANDO A REDE
DO CONHECIMENTO.
RADARES INDISCRETOS
INVADEM
CIRCUITOS FECHADOS
COMO CATAVENTOS
EM TEMPOS DE FESTA
PROCURANDO
NOVOS RECANTOS
DO PENSAMENTO
EMARANHADO DE FIOS
ELEVAM RAÍZES
AÉREAS
NA ESTRATOSFERA
E ACORDAM
NAS ENTRETELAS DA NOITE
SOMBRAS PARABÓLICAS E
ARTÉRIAS
DO SENTIMENTO.
QUE REALIDADE É ESTA
QUE ME CONFUNDE?
FAÍSCAS OUSADAS
REACENDEM
A FOGUEIRA MILENAR
ENTRE ASSOMBROS DE CABOS
E CÉLULAS SEM FIO
E A PALAVRA
DO QUADRO NEGRO
APRENDEU A NAVEGAR
REINVENTADA
MULTIPLICANDO LUAS
COM ARES
DE VITÓRIA RÉGIA
NUMA TELA
DE CRISTAL.
GLÓRIA KIRINUS
Poema publicado originalmente no livro: Curso Normal Superior com Mídias Interativas – Um projeto inovador para a formação de professores.
Organizado
Organizado
por Célia Finck Brandt e outros. Editora UEPG
Poema publicado na Revista Mediação 2008
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