sexta-feira, 25 de junho de 2010

manuel do barro

● caramujo:
observeio
por duas horas
a fio.

se se moveu,
(o pequeníssimo mundo
sobre as costas)

foi um nada
de milímetros.

ficou ali,
(de)colado,
sobvoando.

pousou-se

na lata enferrujada
da copa de um rio.

***
apenas isso
e se compõe um ballet
para pedras e caramujo.
 
 
Rodrigo Madeira

2 comentários:

Flá Perez (BláBlá) disse...

que coisa linda! adorei as imagens que me vieram!

Anônimo disse...

simples e vagarosa, como a vida deve ser!!!!
Deisi