No princípio era o medo
Então criou-se a máscara
e foi bom.
A seguir, mudaram o foco
e foi suficiente.
Depois vestimos a fantasia
e coube.
Daí em diante confundiu-se tudo
E não se distingue mais
O que é Treva, o que é Luz.
Quem rasteja, quem voa.
Quem pensa de quem pensa que pensa.
A tecnologia renova e evolui
A vestimenta, a ilusão
porém, não se aproxima do importante,
Continuamos em cavernas.
Solitárias e escuras mentes
Onde no princípio, era o medo.
Deisi Perin
2 comentários:
Gostei muito, Deisi! O medo é, de fato, o princípio da criação do "eu", quando ele se vê separado do todo. É resultado da nostalgia do que sabíamos e esquecemos, embora mantendo a conciência de que nada do que nos seja oferecido neste mundo (máscaras, tecnologias) é capaz de nos levar de volta pra casa...
Um grande abraço
Silvia
Uma angústia e um tédio sem igual. Como ficar respondendo as mesmas coisas sempre para interlocutores nem sempre tão inteligentes. A forma estética está coerente com o princípio da criatividade no quesito personalidade. Afinal o ser é uma arte e o seu idealizador é o filantropo que habita todos os nossos corações de maneira transcendente e profunda.
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