terça-feira, 15 de novembro de 2011

ESTADO DE SIGNIFICAÇÃO Gaza. (de origem e destinação incertas).

um. feminino.
Nó em lágrimas, desatado
nas extremidades. Obrigado a dobrar-se,
a não-ser, ensanguentada mordaça.
Serve para enganchar ou cingir
a isca do Ocidente,
naco de raiva,
espada de Israel

e logo suspendê-las do nada.


dois. feminino.
Circundar o arame farpado,
as mãos abertas, caminhar
o pó para alcançar
o templo ou escritório

ou como quer que se chame
o lugar onde o Homem do Lobby
ventila cinzas
da Sarça Ardente.
Emoldurar a nota fiscal de seu míssil.


três. feminino.
Pássaro negro que ao sulcar
La Franja esta noite
me desperta
e diz em seu grunhido

que choveram estilhaços,
tantos quanto o quilo de pombas brancas,
que o meu silêncio mata.


Quis chegar até sua porta, Palestina.
Para devolver-lhe minha calma venho.


Carmen Camacho/ tradução Ricardo Pozzo

5 comentários:

  1. ESTADO DE ACEPCIÓN Gaza.
    (de origen y fin incierto).


    uno. femenino.
    Nudo en llanto, desatado
    en el extremo. Obligado a doblarse,
    a des-ser, mordaza en sangre.
    Sirve para enganchar o ceñir
    el cebo de Occidente,
    una carnada de rabia,
    la espada de Israel

    y suspenderlas luego desde ninguna parte.


    dos. femenino.
    Circundar el alambre,
    abrirse las manos, caminar
    el polvo hasta alcanzar
    el templo o despacho

    o como se llame
    el lugar donde el Hombre del Lobby
    aventa cenizas
    de la Zarza Ardiente.
    Enmarcar el albarán de su misil.


    tres. femenino.
    Pájaro negro que al surcar
    la Franja esta noche
    y me despierta
    y me dice su graznido

    que ha llovido metralla,
    que a tanto el kilo de paloma blanca,
    que mi silencio mata.


    Quise llegar hasta tu puerta, Palestina.
    A devolverte mi calma vengo.

    Carmen Camacho

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  2. Tradução em homenagem ao poeta Wilson Nogueira Jr. poeta destilador da causa social ou dos não favorecidos.

    rp

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  3. La Franja de Gaza


    http://es.wikipedia.org/wiki/Franja_de_Gaza


    rp

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  4. EU NUNCA ESTIVE EM CRETA

    Mas quando despertei
    tinha os pés molhados
    de uma luz
    que atravessa
    a persiana
    ________zarpa
    e, a estas horas banha
    teu rosto que flutua
    - esqueceste do Nivea -
    sobre as listras verdes
    do Egeu

    Carmen Camacho/ tradução Ricardo Pozzo

    YO NUNCA ESTUVE EN CRETA

    Pero cuando desperté
    tenía los pies mojados
    de una luz
    que atraviesa
    la persiana
    ________zarpa
    y a estas horas baña
    tu cara que flota
    —olvidaste la Nivea—
    sobre el verde a vetas
    del Egeu

    Carmen Camacho


    rp

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  5. Grato Don Pozzo, el pibe atemporal, olho aquilino contra as naturalizações que nos cegam no cotidiano urbefagocitante da Curita anfótera.
    abraço

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