segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ZOZ


sempre fumando o primeiro
do último cigarro

rente à caravana dos sete

com uma luva chroma key
a lustrar o pó
das carcaças deterioradas
pelo sopro incansável 
do universo
cineasta

uma forma inédita para o lavar de mãos

a carne gelada de um pentagrama
na face
a máscara do geômetra
e do ilusionista

tudo é aberração
cromática, sonora

o caos é um cerebelo em sublimação
o paraíso é azul-hematoma
colagem epifânica

link sobre link
a perdição dos atalhos

com um velho idioma na língua
serpentina
enrolada
no vocábulo
spare

kia, a primeira
selada
na coluna
binária

cavalgando páginas e páginas
de sílica & mímica

no dorso, no dorso
do monstro imaginário


Andréia Carvalho 

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