domingo, 27 de março de 2011

dos desastres naturais

I

dos silêncios nem se fale
penas são plumas leves
que ultrapassam as paredes

II

cuidado: frágil
o que pende o que cai
o que se esvai


no jogo das pedras em equilíbrio
que despencam sob o olhar
do turista distraído

III

que resta
dos resto de réstias?

do que se foi
que a água levou

pergunte
- se os outros perguntaram
ou notaram
a falta


Rafael Walter

3 comentários:

  1. mas penas são plumas! em outro idioma!

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  2. achei o poema muito bom, mas faria estas alterações, se o autor me permitir tal intromissão:



    I

    dos silêncios nem se fale
    penas são leves plumas
    que ultrapassam paredes

    II

    cuidado: frágil
    o que pende o que cai
    o que se esvai


    no jogo das pedras: equilíbrio
    que despencam sob olhar
    do turista distraído

    III

    que resta
    dos resto de réstias?

    do que se foi
    que a água levou

    pergunte
    - se os outros perguntaram
    ou notaram -
    a falta


    Rafael Walter

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