As ondas do mar tramam
uma rede que nada pesca.
Tecem e
destecem,
Retecem,
tecem
a efêmera renda
que de alvura
tudo cobre
e nada segura.
Toda sobre,
por invisível mão
lançada.
Língua de rendada água,
que lambe o sal e não se salga.
Ou de Sísifo uma lembrança
a agarrar o que pra sempre lhe escapa?
Tessitura incessante, insone
que se faz e refaz,
toda uma, a mesma
sempre e nunca.
Envolve e não retem:
o mar.
Luciana Cañete
3 comentários:
lindo poema!
maneira de se falar com ternura sobre tudo aquilo que não se pode reter!
belo poema que poderia ter descartado a última estrofe, já que nao traz nada de novo, e explica o que com metáforas se disse melhor. mais dispensável ainda é a palavra mar no fim.
belo! gostei do joguinho com as palavras
bjbj
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