segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Poema Bugre

o desejo e as carícias
das minhas mãos vaqueiras
aboiando
seu perfume de flor orvalhada
do maracujá

eu me arranjo
em qualquer rancho
a vida me escreve
torto
com o seu garrancho
umas rimas tortas

mi amore minha amora quase roxa
em seu regaço em seu rego
deslizam minhas margens

apaga o lampião
uma estrela na ponta-da-língua
a constelação na ponta-dos-dedos
uma serenata de lonjuras


Eduardo Hoffman

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