Estou sozinho. Sou brega e não adianta gritar. Sou a puta feia sem cliente algum. Sou o pobre homem sem coragem e sem honra. Hoje eu sou ninguém. Sem você sou pó também. Sem riso, sem graça, sem a Maria só a desgraça. Aqui o peito sangra, a alma geme e o ser se abstém. De tudo. Um pouco só. Pouco são. Ninguém é. E eu também. Esta não me serve mais. Não serve. Me sirvo à vontade até gozar e não rio. Não vejo mais a alegria nesse ser que aqui habita. Que aqui grita, dentro de mim. Um ser que não é, não foi e nunca será. Porque eu não sei sorrir pra todo mundo. Eu não sei ser como todo mundo. No mundo, eu sou sozinho.
Wilton Isquierdo
http://wiltonisquierdo.blogspot.com/
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