Estou acorrentada
aos pés de meu marido
É isso que procuro
É disso que preciso
Estou aprisionada
Ao papel de mãe dos filhos
São elos que traçamos
cadeia, empecilhos
Estou presa na teia
Estou numa cadeia.
Com droga pela veia
No vício de prisão
Tô presa a um coração
Competidor, campeão,
Tirano alemão
Anel na minha mão
Sem significação.
Maria José de Menezes
(Manifesto Arte Agosto-Setembro 2004)
3 comentários:
Um casamento como uma prisão; eis a cela em que jazem vários cônjuges e os filhos se somam aos autos do processo. Uma visão pessimista da união, entretanto não se pode dizer que não é exatamente realista.
Belo e triste poema. Necessita de uma revisada no "marido".
ficanapaz
Quando li o título e logo depois a palavra "marido" e entendi o espírito do texto, pensei-falei:
nossa, que ÓTIMA idéia!
muito, muito bom, apesar de trágico ou talvez por isso mesmo.
gostei da idéia, não gostei do desenvolvimento
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