quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Clamor por Inspiração

Eu me deito, sem sono
E espero que me visites,
Espero que me preenchas
E me pintes com ideias claras.

Eu me levanto e rodeio os cômodos
Enquanto aguardo tua iluminação perene,
Teu lampejo de conforto
Que me ponha útil nesse ofício sem capital

- a poesia.

Eu te procuro entre cafés amargos,
Sob estrelas distantes, entre esferas vagas.
Eu te entrego tudo o que sou:
Inspiração, desassossego da carne, jardim bem cuidado...

E espero que me retribuas em mais mistério.

***

Há angústia e medo se acumulando pelos cantos;
Há promessa de amor me atravessando o continente
Regando de desejos essas esperanças sedentas e sertanejas.



Hérlon Fernandes Gomes (10/06/1981) é natural de Brejo Santo, uma pacata cidade do sul cearense, da conhecida região do Cariri, um berço de cultura do estado.Começou a escrever seus poemas na adolescência, publicando os primeiros textos em jornais da região e periódicos do curso de Direito da Universidade Regional do Cariri, de onde obteve o diploma de bacharel, sendo inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Crato. Paralelamente à carreira jurídica, o autor é amante da literatura, especialmente da poesia, de quem se diz “apenas um instrumento usado para transportar ao papel as emoções que podem nascer de todos os homens.”Em 2008, publicou seu primeiro livro, intitulado GEMINIANOS – POEMAS DE DESCOBERTA, de carga confessional, passional, em que o autor disseca, principalmente, os estágios de gozo e sofrimento do amor. Nesse mesmo ano, começa a escrever um blog, intitulado ARQUEOLOGIA DA ALMA (http://arqueologiadaalma.blogspot.com.br/), espaço dedicado a dar vazão à arte que lhe mina. LÚMEN – ENTRE OS MATIZES DA ALMA E DO CORAÇÃO é seu segundo livro publicado. Ao longo dos 150 poemas que compõem a obra, dividida em oito partes temáticas, o autor nos convida a refletir sobre os horrores de um mundo caótico, povoado pelo terror de guerras reais e do ego, do artificialismo do ser; mas, sobretudo, nos alerta para que não percamos nossa imorredoura capacidade de se apaixonar, de amar e de ter esperanças, sempre