domingo, 23 de outubro de 2011

DAI A DALTON O QUE É DE JÉRSON, E A TREVISAN, O QUE VEIO DE IVAN


Que vampiro? Gênio aonde?
Vai seguindo sempre em busca
dum estilo que se esconde
numa angústia tão patusca
que nem chega a ser de velho:
um fraquinho autoevangelho.

Sabe apenas pôr o dedo
na ferida se é a alheia:
provavelmente isso é medo
de pulsar a própria veia,
que mete nesse inseguro
pavor do claro e do escuro.

Mas não rimarei com dalton
nenhuma rima biônica.
Faço rimas só pros nêutrons
da prosa dele chatônica:
nem mil anos na salmoura
nem biotônico fontoura

não elevarão o status
deste literato cactus,
pois a lei de Jérson é
diminuir o cacife
pra ver se ainda para em pé
o seu conto de patife.

Assim prestei homenagem
a este Jérson Trevisan,
dos Daltons tem bandidagem,
muita prosa e pouco elã.

E o polaco que me aguente
pois ponho um pingo num i:
ninguém xinga impunemente
Emiliano e Kolody.

Ivan Justen

Um comentário:

  1. réplica homenagem doivan justen ao poema homenagem do thadeu, o polaco da barreirinha, ei- lo


    em mim eu vejo você, dalton trevisan

    não, não seria demais
    amá-lo
    e respeitá-lo
    pelos próximos mil anos
    ou mais
    seus caninos estão bem
    fornidos de eternidade
    e a obra que admiramos
    também

    85 anos, convenhamos,
    não é pra qualquer um
    mas você, com essa classe
    esse estilo, cara
    fazendo do lugar comum
    a essência rara
    que joga em nossa face
    um único rosto
    e nos deixa a salvo
    de todo o mau gosto
    você não morre tão cedo

    é, velho
    não tem mais segredo
    nenhum salmo
    cântico, reza, evangelho
    fez mais por nós
    pecadores
    que a ternura de tua voz
    cutucando nossas feridas
    nossas dores
    nossas vidas
    e provando que todas as curitibas
    são uminha
    e nada mais
    a tua, a minha
    a nossa senhora da luz dos pinhais


    Antonio Thadeu Wojciechowski

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