sábado, 11 de outubro de 2014

Pássaros Ruins/ Alexandre França


A quem caberia decifrar a cartografia do acaso?

I.

Elegância, lírios dos detalhes
se rangem vibráteis fibras que
aos pelos eriçam

Zunem asas, aguçam
rútilas quelíceras

e rara pulsa prenha
a peçonha do furor

II.

Intrusa, em sericígena mortalha desfaz-se
qual aurora transfixada por torres de babel,

vítreas lâminas; arranha céus


Ricardo Pozzo

Pássaros Ruins/ Luciana Cañete